Confira na íntegra o depoimento do promotor de justiça pública Dr. Luís Augusto afirmando que vai recorrer a Justiça para punir os responsáveis pelo extravios de documentos e posse ilegal do clube AMEC de Muritiba-ba

Depois desse depoimento do senhor Lourival Andrade Sousa, acho que a história

Promotor de Justiça Dr.Luís Augusto

da AMEC agora virou ”caso de polícia”. No mínimo vejo dois crimes a serem apurados: um esbulho possessório e uma sonegação ou extravio de documentos públicos porque, salvo engano, houve esbulho possessório da sede da AMEC pela atual presidente da Câmara de Vereadores de Muritiba. Pensei que ela tinha sido eleita presidente do Conselho Administrativo e Fiscal da AMEC quando deu aquela entrevista a Fabão locutor, mas na realidade, sem pertencer ao Conselho Administrativo e Fiscal da AMEC, pediu as chaves para fazer festas pela APAE, e não mais as devolveu a quem lhes tinha a legal posse, entregando a sede a um órgão estranho, e tudo sem o aval dos verdadeiros donos que são os sócios proprietário da AMEC, e isso está na lei como crime que precisa ser apurado. Há que se registrar também a conduta de Keleu, que simplesmente extraviou toda a documentação da AMEC, praticando extravio, sonegação ou inutilização de documentos dos quais tinha a posse enquanto presidente do Conselho de Administração e Fiscal da AMEC, uma instituição de natureza privada, mas de função pública, porque sociedade aberta e com fins recreativos e sem fins lucrativos. Nenhum dos dois crimes está prescrito, porque o primeiro tem natureza permanente, ou seja, enquanto durar o esbulho o esbulhador estará sempre sujeito às penas da lei, e o segundo tem pena máxima de quatro anos, e o prazo da prescrição somente começa a contra da data em que ele foi substituído na função. Se não houve substituição, a prescrição simplesmente está suspensa.

Meu Deus, quanta inoperância e quanta irresponsabilidade. Taí a razão de Muritiba estar como está. Os “representantes do povo” são os primeiros a passear por sobre o Código Penal. Então, como muritibano e fiscal da Lei que sou, vou cumprir meu dever, primeiro expedindo uma correspondência pessoal ao senhor Lourival para que ele, do próprio punho, esclareça, agora oficialmente, esses fatos, porque ele é a principal testemunha, infelizmente. Depois, catalogando tudo, vou encaminhar os fatos em termos de “notícia criminal” ao Procurador-geral de Justiça do Estado, pedindo-lhe que acione o Ministério Público local (Muritiba) e a polícia judiciária (delegado de Polícia), para que investiguem os fatos na extensão necessária, ouvindo todos os envolvidos, juntando documentos, enfim, cada um cumprindo seus deveres funcionais, porque um fato desse precisa ser apurado até para servir de exemplo e evitar novos desmandos na administração de órgãos voltados para o público. Quem acha que o Brasil de hoje ainda é uma terra sem lei, que aguarde os fatos, porque coisa impossível é explicar o inexplicável.